“Nossa, o tempo te fez bem”. Quem nunca ouviu essa expressão? Pois é, ela poderia ser aplicada facilmente ao jornalismo e seus meios de divulgação. Lá atrás, num passado bem distante, as primeiras notícias começaram a circular pela Acta Diurna, uma pedra toda troncha, onde as conquistas do imperador romano Júlio Cesar eram divulgadas. Foi a primeira aparição do jornalismo “impresso”.
Depois disso, não se sabe ao certo a sequência, mas podemos correr um pouco no tempo, até 1440, quando Gutenberg desenvolveu a prensa e possibilitou que toda informação fosse colocada no papel. A partir daí, o jornalismo, assim como as informações, correu como um rastro de pólvora. Jornal, rádio, televisão – o quarto poder estava com tudo para fazer a notícia chegar onde precisava. E mesmo com todo a astúcia dos jornalistas, com seus olhares aguçados, eles não viram que esses meios de comunicação corriam um sério risco. O risco de morte (ou de vida, como se dizia antigamente).
O século 21 chegou e, com ele, a inimiga dos meios de comunicação tradicionais, a internet. Quase invisível, essa danada foi ganhando seu lugar nos lares e, segundo um estudo recente da Reuters, já está disponível para 54% da população do Brasil. O levantamento foi feito em 12 países – Brasil, França, Alemanha, Japão, Itália, Reino Unido, Espanha, Estados Unidos, Irlanda, Dinamarca, Austrália e Finlândia – considerando apenas a população com acesso à internet.
Apenas no Brasil, 44% dos entrevistados usam a internet como fonte primária de informação, seguida pela TV (43%), Impresso (4%) e outras (10%). O brasileiro também é o cidadão que mais compartilha notícias na rede mundial entre os 12 países: são 59% de internautas querendo distribuir para o mundo o que estão lendo. Por falar em compartilhar, 48% dos consumidores de notícias começam pelas redes sociais, sendo o Facebook o primeiro mais usado, depois o Youtube e o Whatsapp – sim o “ZapZap” também serve para ler.
Com tantas mudanças, todos os meios de comunicação tiveram que se renovar e todos (ou quase todos) foram parar na internet, mas já temos 64% de novos veículos que nasceram online.
Pois é, essa é a nova cara do jornalismo. Começou esquisito, sujo, preto e branco e pesado; mas, agora, está “bonitão”, colorido, onde você quiser, como quiser e na hora que quiser. Quem achava que o jornalismo iria morrer certamente se enganou.