Em 2009, quando Brian Halligan e Dharmesh Shah lançaram o livro Inbound Marketing: seja encontrado usando o Google, a mídia social e os blogs, o mundo parou para escutá-los. A ideia do marketing tradicional, às vezes invasivo ou desorientado, parecia antiquada perto do conceito visionário de trazer voluntariamente os consumidores para o site da empresa, por meio do marketing de conteúdo aliado às redes sociais. Como toda febre do momento, empresas de diferentes portes aderiram ao método, empenhando-se para fortalecer o relacionamento com possíveis clientes. Nesse esforço contínuo e obstinado, os resultados começaram a aparecer e bum! Toda agência começou a oferecer a estratégia como se fosse iogurte: consumível, instantâneo e certeiro para fome por clientes novos. No entanto, quase dez anos depois, começamos a ver o resultado dessa padronização do inbound marketing: ele nunca foi padroeiro e nunca fez milagres. O mundo idealizado, definido pelo conceito “o cliente procura pelo meu conteúdo”, bateu de frente e tombou no ringue diante da falta de tempo dos clientes, pois nem todo mundo tem tempo ou interesse para consumir 10 e-books e 5 infográficos em uma mesma semana. Além disso, a tendência atual é produzir vídeos cada vez mais curtos e textos cada vez mais interativos, sem pressão ou tempo determinado. Deparando-se com a nova realidade, é hora de colocar os pés no chão: já não é possível impor o que deve ser consumido. Quem está no comando sobre o que acessar na internet é o consumidor, cujas ferramentas digitais disponibilizam centenas de escolhas todos os dias. Se o seu conteúdo não tem relevância ou não é exclusivo para cada cliente, ele será facilmente descartado porque é “mais do mesmo”. Após esse trago amargo de realidade, não dá para ficar parado no meio da estrada, pois timing é tudo! Nós já estamos nos preparando para esse novo desafio, refletindo sobre como gerar valor em todas as etapas do inbound, tanto na atração quanto na fidelização desse cliente. Além disso, comunicação empresarial não se resume em apenas uma estratégia empacotada, pois cada cliente é único, com necessidades e públicos distintos e com vida on e offline. “A comunicação deve ser múltipla, isto é, várias vias de estratégia para encantar o cliente, tanto no inbound marketing quanto no outbound. Temos essa visão Multivias da comunicação porque sabemos que relacionamento não se faz com uma ferramenta só”, esclarece Analu Cestito, assessora de comunicação da Multivias. Por Helena Domingues Assessora de Comunicação