Produzir um jornal diário não é uma das tarefas mais fáceis. Receber a informação, checar os dados, entrevistar as fontes e escrever o texto para, enfim, publicar é um processo que leva certo tempo. No entanto, esse cenário está em transformação devido à sede por informação imediata exigida pelas mídias digitais. Pensando apenas em obter cada vez mais cliques dos seus leitores, há portais de notícias que buscam suas pautas nas redes sociais. Quanto mais curtidas e compartilhamentos algum assunto ganhar, mais chance isso terá de conseguir divulgação noticiosa. Dessa forma, informações duvidosas podem ganhar destaques no noticiário. Análise de caso Isso já faz um tempinho, mas aprender com os erros é sempre bom. Em 2014, um suposto vídeo jornalístico do país mais fechado do mundo, a Coreia do Norte, ganhou destaque na Internet ao afirmar que o país foi campeão do mundial de futebol. Em poucos dias, tal veiculação deste feito heroico virou notícia mundial, com direito a destaque em grandes portais de notícias. No fim, tudo não passou de uma “pegadinha” do humorista Maurício Cid, do portal Não Salvo. Veja toda história aqui!
“O mais surpreendente é que o vídeo e a matéria em si bombaram primeiro fora do Brasil, como Europa e Estados Unidos. A gente começou a plantar coisas em sites do exterior e em redes sociais que os brasileiros não usam, como o 4chan, o Reddit e o VK, da Rússia. A gente conseguiu espalhar isso fora e depois veio para o Brasil. As chances das pessoas acreditarem eram muito maiores, porque brasileiro adora acreditar num gringo. Acho que deu certo por causa disso”, relatou Cid.
Depois de descobrirem a pegadinha, todos os jornais que caíram na brincadeira editaram seus textos.
Em um mundo no qual as mídias sociais conectam os leitores, a figura do jornalista é imprescindível. Nesta era de ciberjornalismo, para fugir das famosas “barrigadas”, o profissional deve estar sempre conectado a tudo que o rodeia, seja on-line ou off-line. Em uma era de informação rápida, a apuração bem executada e livre de influências se tornou condição indispensável para todo o jornalista que quer informar a população com coerência e independência, essências basais do bom jornalismo. Por Salomão Boaventura Assessor de imprensa