Publicações corporativas
Jornalismo feito por robôs?
Uma recente pesquisa realizada pela Boston Consulting Group prevê que, em 2025, um quarto das profissões seja substituído por softwares ou robôs, incluindo as funções do jornalismo. Pegando a onda das plataformas que coletam dados para transformá-los em textos para blogs e sites, as reportagens seriam escritas dessa mesma forma. Mas, até que ponto isso seria possível? Os jornalistas deveriam se preocupar em perder seus postos? Segundo Kristian Hammond, chefe-cientista da Narrative Science, uma plataforma que gera conteúdo narrativo automatizado, não há o que temer. Ele estima que, em 15 anos, 90% das notícias jornalísticas serão escritas por máquinas, mas que isso não significa que 90% dos jornalistas vão perder seu trabalho. Pelo contrário, Hammond acredita que, com esses avanços, esses profissionais poderão ampliar o campo de atuação e otimizar as suas funções. Já para Martin Ford, autor do livro Rise of the Robots (“Ascensão dos Robôs”), o desemprego deve ser temido, sim. Com essa automatização das profissões o mundo pode enfrentar desemprego em massa e um colapso financeiro, a menos que sejam implementadas mudanças radicais, como a garantia de um salário mínimo. Mas, ainda que jornalistas mantenham seus empregos, será que o jornalismo será otimizado ou perderá sua qualidade? Será que, com tantos avanços tecnológicos, a informação será reduzida, falha? Será que os robôs farão apuração detalhada que o jornalismo exige? E aquele “toque de humanidade”, será que irá faltar nos noticiários? Mais uma vez, a tecnologia nos traz muito mais perguntas do que respostas. Porém, duas coisas são certas: vamos ter que esperar pra ver. E, certamente, veremos muitas notícias “humanas” sobre esse assunto.